A máquina do tempo existe. Aliás, ela já existe há muito tempo, bem antes de você ter nascido. Bem antes da existência de seus familiares e demais antepassados.
Existem muitas. Vários modelos, de vários tamanhos, fabricadas por várias pessoas.
Não, não sei precisar com exatidão quantas existem no mundo. Realmente, são milhares, milhões, zilhões. E, a cada dia, a cada minuto que passa, nasce mais uma.
O engraçado é que, apesar de existir em quantidade quase que infinita, um tipo de máquina do tempo pode não ter o mesmo efeito em você e em seu amigo, por exemplo.
Outra peculiaridade sobre essa máquina é que, ao contrário daquelas que vemos em filmes, livros e novelas, ela não leva quem usa a qualquer lugar do tempo ou do espaço. Geralmente, ela leva a situações e lugares bem específicos. Não há como precisar a quantas situações ela pode levar cada pessoa, ela é extremamente particular a cada um que a usa.
Uma vez no local levado por essa invenção, o “passageiro” não pode mudar o que já passou. O que faz com que muitos se perguntem: Mas, e se a situação a que a pessoa é levada for ruim? O que leva, então, essa pessoa voltar sempre a ela? Masoquismo?
Esse efeito, infelizmente, nunca foi previsto pelos inventores da máquina. Masoquismo? Pode ser. Mas também pode ser saudade do que já foi e nunca voltará. Vontade de viver aquilo novamente, nem que seja pelos minutos daquela máquina específica. Uma alegria momentânea, talvez. Um encontro além da vida. Um amor morto, ressuscitado por alguns instantes.
Poderia ficar horas aqui enumerando os diversos motivos que levam alguém a utilizar uma máquina do tempo. Mas estaria enumerando os meus motivos. Cada um sabe o que sente, sabe o que vê, sabe o que se passa quando isso acontece.
Por isso, vá e use a sua. Tire suas próprias conclusões. É o que farei neste exato momento.
Ouvirei aquela música.
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Qual a sua música, aquela que faz com que você volte a uma determinada situação, a um lugar específico no tempo? Qual a sua “máquina do tempo” preferida?
2 comentários:
Tempo é uma coisa masoquista.
Tem dia que eu penso: "Eu queria ter aquela briga novamente, eu passaria raiva novamente, mas eu teria aquele momento outra vez..."
As vezes, quase sempre, eu escuto certas músicas que marcaram vários momentos de minha vida, lembrando de como eu estava feliz, ou mesmo, como eu fui triste, pois assim, eu farei diferente, ou para não perder novamente, ou para ser melhor.
belo texto.
O tempo... precioso tempo. Sempre ouvimos aquela célebre frase de que o que nos importa é o presente, que o passado ficou para trás e etc... Mas quem não quer voltar no tempo e sorrir como naquela vez, chorar, gritar, cantar como AQUELA vez que por mais que não seja a melhor, sempre é lembrado por nós com muita saudade. E assim, vamos usando a nossa máquina do tempo, dia após dia... transformando o nosso presente. Lindo texto, querida, lindo mesmo!!! =)
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