Segundo o dicionário Houaiss, felicidade é “qualidade ou estado de feliz; estado de uma consciência plenamente satisfeita; satisfação, contentamento, bem-estar”. É engraçado como as pessoas reagem de formas diferentes quando estão diante da felicidade. Observe-se que estar diante da felicidade não consiste obrigatoriamente em estar feliz. Podemos estar apenas de frente pra ela, sem ainda tê-la como nossa. Esta é uma conquista que depende única e exclusivamente de nós e de nossas atitudes.
Tem gente que toma a felicidade apenas para si mesmo. Conquista, mas não compartilha. Vai ver é o medo da cobiça, da inveja alheia. Prefere escondê-la, demonstrá-la apenas quando tiver (se tiver) 100% de certeza de que está tudo certo, de que nada nem ninguém irá estragar aqueles momentos.
Tem gente que, pelo contrário, escancara e não quer nem saber, o que pode ser bom ou ruim. Há os que compartilham sua felicidade exacerbadamente pura e simplesmente porque querem dividir sua alegria com o mundo, quiçá colori-lo com um pouco mais de sentimentos bons; afinal de contas, estamos precisando. Faz bom uso do ditado “Felicidade só é multiplicada quando dividida”, o que pode parecer um tanto paradoxo, porém não deixa de ser real. Mas há também aqueles que gritam sua felicidade aos quatro cantos apenas para causar a ira e inveja de outras pessoas, especialmente daquelas de quem não gosta. Alimentar um suposto “recalque” desnecessário. Neste caso, o mundo é tingido de cinza. Sentimentos que não acrescentam nada à boa índole do ser humano, só suja, mata, espalha o mal.
Há aqueles que observam a felicidade do outro e encaram-na como sua também. Devo admitir que esses são um dos seres mais belos, de alma mais pura. Sentem-se felizes em ver o outro feliz e nada mais. Porque o mundo não gira apenas ao nosso redor; o que hoje veio para mim amanhã irá para o próximo, sejam coisas boas ou ruins, este é o ciclo.
E há os de alma pobre, ignorantes que não compreendem que a “qualidade ou estado de feliz; estado de uma consciência plenamente satisfeita; satisfação, contentamento, bem-estar” não deve ocorrer apenas quando a felicidade ocorre em você. O “estado de uma consciência plenamente satisfeita” surge quando pensamos coisas boas, transmitimos coisas boas. É impossível satisfazer-se com o descontentamento do próximo. Pode-se ter a falsa impressão de que aquele sentimento que se tem quando presenciamos o insucesso de nossos inimigos é sinônimo de felicidade, mas não é. Ao pensarmos assim, algum tempo depois nos sentimos miseráveis, não felizes. É como se algo bom dentro de nós tivesse se perdido. Não há satisfação em relação a nós mesmos. Obtemos o oposto da felicidade.
Há aquele slogan daquele supermercado famoso que constantemente nos pergunta: “O que faz você feliz?”. Podemos, assim, para melhor compreensão, substituí-lo e obter: “O que torna sua consciência plenamente satisfeita?”; “O que te traz bem-estar?”; “O que te torna menos miserável?”; “O que te faz desafiar a lógica das Ciências Exatas e querer ‘dividir para multiplicar’?”.
Você é feliz?
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