terça-feira, 5 de abril de 2011

Indiferença

Muitos dizem que o contrário do amor é a indiferença, e eu concordo com isso. Com o ódio, assim como com o amor, há um sentir, mesmo que aparentemente negativo. Digo aparentemente, pois, pra mim, ódio nada mais é que um gostar enrustido.

Pergunto-me o que faz uma pessoa chegar ao estágio da indiferença, o não sentir de fato. O que leva uma pessoa a ter esse vazio, esse oco em relação a seja lá o que for. Como se tivesse tomado uma anestesia geral, porém continuasse acordado. Como se estivesse inerte.

Sinto que isso não é normal. Como não sentir a presença do vento, do Sol, da chuva? Como ver alguém e não sentir sua presença, uma empatia, ou até mesmo antipatia? Ou pior, como desenvolver a indiferença por algo ou alguém por que ou quem já sentiu algo antes? É possível?

Não quero descobrir. A você, que consegue dominar “isso” (não ouso chamá-lo de sentimento, pois não o há), não invejo, não desejo adquirir a mesma habilidade. Pelo contrário: é essa sua indiferença que me faz querer ser diferente de ti.

1 comentários:

Itana Glésia disse...

Com certeza a indiferença vai tornando oco que a sente, como diz o poeta "eu prefiro sentir dor do que não sentir nada". Lindo texto! *-*

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