segunda-feira, 28 de junho de 2010

Fim

O fim. Três letras que ecoam na mente de muitas pessoas como se fosse “inconstitucionalissimamente” ou outra maior que este, porém não me lembro no momento. Tudo que começa, um dia tem que terminar. Nada dura pra sempre. Não fisicamente.

Nem todo fim é ruim. Há os finais felizes, por exemplo. Há aqueles que deixam um gosto de “quero mais”. Há aqueles que são um novo começo.

Porém, há aqueles que são inevitáveis, imprevisíveis. Há aqueles que chocam, que surpreendem, que simplesmente acontecem.

Há quem diga também que o final é sempre marcante, pois não consegue acontecer sem derramar uma lágrima sequer em quem passa por ele.

Eis a minha definição de fim: vitória. Seja qual for o fim, é sempre sinônimo de vitória.

O fim de uma vida é o começo da contagem de suas inúmeras vitórias durante o tempo em que a viveu. É a vitória de ter aguentado o peso que carregou durante toda a trajetória. É o repouso, é a recompensa.

O fim de um relacionamento é um indicativo de que se foi até onde era possível chegar, sem ferir total e completamente aquele com quem se pensava viver para todo o sempre. É a vitória do desapego. Afinal, apesar de não parecer no momento em que ocorre, acabar um relacionamento nem sempre quer dizer “abrir mão dele”; é também pensar naquele que costumava ser seu companheiro, em seu bem-estar, em sua felicidade; é amar a ponto de deixar ir.

O fim dos estudos, da escola, da faculdade... é a vitória por ter aguentado tantos anos a responsabilidade de ser bom, de ser capaz em coisas que muitas vezes você não gosta ou não sente que nasceu pra fazer. É a vitória pessoal, ou, em muitos casos, de uma família inteira. Quem já não sentiu o peso de seus familiares nas costas? A pressão por achar algo que os agrade, que dê dinheiro...? É orgulho. É a sensação de dever comprido. E, por que não, como se fosse um “zerar de um jogo de videogame”?

Poderia ficar horas aqui exemplificando com fins o que quero dizer. Mas não o farei. Deixarei para que cada um descubra por conta própria. Descubra que cada fim é um novo começo. O começo de uma vitória, seja ela qual for. As lágrimas cairão, sejam de tristeza ou alegria. Frustração ou satisfação. Em todos os casos, elas indicam o suor interno; o sinal de luta. E toda luta, ganhando ou perdendo, é uma vitória.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

6

Finalmente o mês 6. Esperava ansiosamente pelos 6 dias que viriam a ser os mais perfeitos. Estava tudo planejado: 6 lugares ou mais, 6 experiências ou mais, 6 sonhos ou mais.

O dia chegou. Fui em busca da concretização de um sonho, 6 horas depois de inquieto sono. A ansiedade era tanta que cheguei 6 dezenas de minutos antes do previsto. A faixa 6 do CD de minha banda preferida me ajudou a matar o tempo com mais rapidez. Enquanto estava à espera do grande momento, observava meia dúzia de rostos espalhados pelo local. Uns me davam pena, outros me intrigavam, outros me faziam rir. O rosto que eu procurava, porém, ainda não havia aparecido.

Foi então que resolvi me levantar e esperá-lo de braços abertos. O painel queria me enganar, dizendo que a grande chegada iria demorar 6 dezenas de minutos a mais que o normal, mas algo me dizia que não demoraria nem 6 minutos.

A porta se abriu. A partir daquele instante, começaria a contagem regressiva dos 6 dias mais maravilhosos.

Mais de 6 lugares, mais de 6 estações, mais de 6 pessoas conhecidas, reencontradas. E mais de 6 motivos para me surpreender e gostar ainda mais daquele cujo apelido compõe-se de 6 letras.

Tudo que é bom, passa rápido, e tudo que vai, volta. A despedida foi dolorosa. A faixa 6 do CD da Rihanna nunca foi tão propícia a um momento de “adeus”. “Adeus” não, “até logo”.

O amanhã nos aguarda muito mais do que o número 6. E, ao som da tal faixa 6 do CD da minha banda favorita, termino por aqui. Pois, por mais que eu sinta falta e desejo que ele esteja aqui, tenho a certeza de que o verei em bem menos de 6 meses.


From Where You Are - Lifehouse by shandye